quinta-feira, 5 de julho de 2012

Parado no Tempo

Com ela adormecida no seu peito
Ele sentiu-se calmo e protegido
Não encontrava qualquer defeito
Naquele corpo perfeito

Durante segundos fechou os olhos

Ficou a sonhar
Que com ela sempre ia ficar

Naquele momento único e perfeito

Nada mais importava
Sem ser aquele pessoa
Cujo peso, no peito, ele suportava

A silhueta dela parecia uma escultura

Tal não era sua formosura
Os cabelos castanhos pareciam cetim
Nunca antes ele se tinha sentido assim

Ele olho-a com ternura

Sem ela não se imaginava
Não era capaz, era dela que ele precisava
Tal como ar que respirava
Para conseguir viver
Para seu coração continuar a bater

À Toa

Algures perdida na multidão
No meio do nada
Em constante busca do perdão
É onde vagueia minha alma


Estou em constante mutação
Numa metamorfose sem fim
Em busca da paz, algures perdida por mim


Estou em todo lado
E em lado algum
Procuro por todo lado
E em lado nenhum

Farto, cansado, saturado
Adjectivos que me definem actualmente
Palavras soltas vagueiam pela minha mente
Sem qualquer significado
Mas que estão em todo lado


Sinto-me sozinho
Frágil, desamparado
Sinto-me um rapazinho
No tempo parado


A vontade de sorrir
À muito me abandonou
O cansaço, de mim se apoderou
Sem ajuda para o combater
Por dentro sinto-me a desfalecer