quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mundo avançado

Estou num mundo dito "avançado"
Onde chefes de estado
Só se preocupam com o que estão a ganhar
Há guerras a despoletar

Uma paz imaginária
Num mundo de ganância
A tua cor, dita quem és
Apenas tu não vês

Todo querem enriquecer
E esquecem-se de quem vive a sofrer

Um mundo sem futuro
Onde tudo é duro
Caminhamos para o fim
E uma pessoa nada pode fazer
Para um futuro podermos ter

Lei da Selva

Num mundo de monotonia
Sem qualquer melodia
Vejo o sol no horizonte nascer
No horizonte vejo-o desaparecer

Sou novo demais para não acreditar
Para sentir que nada vai mudar
Vejo pessoas a morrer
Outras a nascer

É um ciclo vicioso
Onde quem faz para sobreviver
Ou é criminoso
Ou tem muito poder

Parece a Lei da Selva
Sobrevive o mais forte
O outro enfrenta a morte

Quereria nascer

Se me tivessem perguntado se queria nascer
Teria dito "não, pois não quero sofrer"
Não é que não tenha medo de morrer
Porque tenho, mas tenho mais medo de viver

Olhamos de lado a quem é diferente
Ninguém se olha de frente
Sorrimos apenas porque sim
Porque é bonito

Vivemos a pensar naquilo que não foi dito
Arrepende-mo-nos daquilo que dissemos
Somos carentes e não admitimos
Só choramos quando partimos

Dizem que a amizade é eterna
Não passa de uma mentira de merda
Os anos passam
E esquecemos daqueles que nos amaram

Se me dessem um desejo
Desejaria desaparecer
Apenas porque quero parar de sofrer
Neste mundo
Que é algo que aprendi a temer

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Quero dar-te as estrelas

À noite enquanto estou a chorar
Olho para as estrelas
Vejo-as a brilhar
Quem me dera tê-las
Para te as poder dar

Talvez assim gostasses de mim
Talvez nunca tivesse havido fim
Mas não posso, e por isso choro
Grito em coro
Com as minhas mágoas

Não adianta de nada
Não vejo ninguém a léguas
Só preciso que me dês tréguas
Preciso que esta batalha termine
E que acredites em mim

Na noite escura vejo tudo
Sou rei do meu mundo
Príncipe de um reino intenso
Naquilo que penso

Mas vou acordar
E vou lutar
Não vou desistir
E vou voltar a sorrir

Momentos obscuros

Sou apenas mais uma alma
Que por vezes perde a calma
Que passeia nos jardins do nada
A escuridão é a minha casa

Perco-me nas minha ilusões
Vivo num mundo de desilusões

Sou novo de mais
Para perder a vontade
Para sentir que já é tarde
Vivo num mundo congelado
Num mundo sem emoção
Onde reina a falta de razão

Não consigo enfrentar o destino
Perco de mais o tino
Já não sei onde tenho a cabeça
Quero que tudo desapareça

Desejo, me acalmar
Desejo a vontade de lutar
Que à muito fugiu
Que à muito partiu

Que me abandonou
Quando tudo desabou

domingo, 1 de agosto de 2010

Se eu pudesse

Se eu pudesse
Voltaria atrás
Nada seria igual
Nenhum de nós se sentiria mal

Durante anos desapareci
Tanto eu sofri

Cada vez que pensava em ti
Um sorriso eu esboçava
Sentia que algo me faltava
Eras a minha perfeição
Naquele mundo de desilusão

Estou arrependido
Naqueles anos andei perdido
Mas finalmente me encontrei
E para sempre sorrirei

Como tu disseste
"Agora renasci
Para te fazer ver que contigo não perdi"